Um livro de viagem onde a viagem é o próprio livro. Composto por fotografias, desenhos em carvão, fragmentos de textos e curtos escritos. Brincadeira perspectivista. Exercício em antropologia especulativa que propõe semear questões como: No contexto do isolamento social será que a pandemia poderia trazer uma nova perspectiva a respeito da nossa relação com as outras espécies? Como estabelecer diálogos com os seres criativos da floresta? Como experimentar o corpo como um território de encontro? Como pensar o mundo a partir das plantas?
Produção gráfica: Taygoara Aguiar e Isabella Coretti
Descrição/especificação da obra:
ISBN: 978-85-52959-04-5
Tamanho: 130 mm x 180 mm (fechado) | 260 mm x 180 mm (aberto).
Acabamento: Capa em cerâmica cerâmica com título carimbado em baixo relevo seco. Miolo em papel pólen 90 g/m2, impresso à laser pela EDUFBA. Miolo costurado pela Finish Acabamentos. Capas e guardas de tecido laminadas sobre papel Marrocos, aplicadas manualmente no ateliê da Duna. Capas em cerâmica com título carimbado em baixo relevo seco queimadas no Ateliê Mariô.
Páginas: 72 p.
Tiragem: 50 exemplares numerados
Descrição adicional: O livro-obra Etnografia do Barranco integra a pesquisa de mestrado DUNA: Poéticas do encontro, em desenvolvimento no Programa de Pós-Graduação em Artes Visuais na Escola de Belas Artes da Universidade Federal da Bahia com orientação da professora Dr. Lia Krucken e foi composto entre as disciplinas Gestos Artísticos em Tempos de Crise, ministrada pelas professoras Ines Linke e Lia Krucken e Antropologia Visual, ministrada pelos professores Carlos Caroso e Paride Bollettin.
Em fevereiro de 2020, logo antes de a situação da pandemia do Coronavírus se agravar por aqui eu me mudei de apartamento e vim morar em um prédio que fica à beira de um barranco. Com o início do período de quarentena, em isolamento social, buscando fazer amizade com a mata, iniciei alguns exercícios de aproximação com o Barranco, através da coleta de amostras botânicas para a criação de fotogramas em cianotipia, compondo registros fotográficos e desenhos com lápis carvão.
Eu estava interessada em investigar as relações entre o meu corpo, o corpo do Barranco e o corpo do livro. Escrever na superfície da terra e cultivar a superfície da página. Utilizei a colagem como ferramenta de composição gráfica e textual numa compostagem a partir de ideias de outros autores.
Buscando conexões corpo-terra mais profundas e pensando o lugar como esse elemento gráfico e que traz a matéria prima para a produção comecei a experimentar com as capas de cerâmica.
(Lia Cunha)
Colofão: Essa publicação foi composta entre março de 2020 e março de 2022, atravessando a pandemia do Coronavírus na cidade de Salvador. A fonte do texto é a Gotham, família projetada por Tobias Frere-Jones em 2010. Foi impressa à laser pela Edufba em papel pólen bold 90g/m2. Miolo costurado pela Finish Acabamentos. Capas e guardas de tecido laminadas sobre papel Marrocos, aplicadas manualmente no ateliê da Duna. Capas em cerâmica com título carimbado em baixo relevo seco queimadas no Ateliê Mariô. Tiragem de 50 exemplares.
Curiosidades: Em 2022 primeira edição da publicação foi exibida em eventos e mostras como o III Evento Teórico Práctica Artística e Indagación Creativa (Universidad de las Artes de Cuba, ISA), mostra Imãntações (Galeria Cañizares, EBA – UFBA), XI Salão Victor Meirelles (MASC, Florianópolis – SC) e XXII Bienal Internacional de Arte de Cerveira (Vila Nova de Cerveira – PT), sendo contemplado pelas últimas com o Prêmio/Aquisição.