< Miolo v.3: vivência Antotipia >

Como caminhos de estudo dos processos que fazem parte da confecção da MIOLO v.3 convidamos colaboradores da revista para conduzir vivências que nos auxiliam na elaboração e produção dela. 🌿

Em um desses encontros, tivemos a oportunidade de experenciar a antotipia numa vivência conduzida por Gabriella Correia. A antotipia é uma técnica de revelação fotográfica criada a partir de pigmentos fotossensíveis contidos em insumos naturais, como o suco da beterraba ou o sumo da cúrcuma. Uma das características mais marcantes da antotipia é seu caráter efêmero, já que com o uso dos pigmentos vegetais e suas exposições à luz do sol, as imagens possuem uma curta existência em comparação a outros métodos de revelação fotográfica. Além disso, essa ténica é acessível e com muita facilidade de realização, porque podemos experimentá-la com produtos que já temos em casa, como folhas, tecidos e papéis.

As imagens abaixo são exemplos dos resultados da vivência no grupo.

A vivência de antotipia foi conduzida por Gabriella Correia < @korreya.correia> que desenvolve o projeto intitulado “Antotipia, memória e esquecimento: a fotografia enquanto resgate da identidade”, no qual instiga pessoas a participarem do processo de pesquisa a partir da procura de sua própria história, esquecida ou não contada, através das fotografias de seus mais velhos. Nesse percurso, percebe a influência da fotografia como ativadora e criadora de memórias e, principalmente, a ausência dos registros fotográficos enquanto potenciais anuladores de lembraças. Seu projeto investiga as ausências e presenças na história dos sujeitos tendo a fotografia e a antotipia como dispositivos narrativos. 💙

A MIOLO #3 tem convivido com a antotipia em seus processos de confecção e tem sido muito estimulante experimentar essa técnica de revelação. 

Gabriella Correia

Gabriella é soteropolitana, bacharel em Artes com ênfase em Subjetividade e Comportamento Humano (2018) e licencianda em Letras Vernáculas, ambas formações pela UFBA. É fotógrafa, poeta e professora. Interessa-se por psicanálise, composição musical e técnicas históricas de revelação fotográfica.Gabriella desenvolve um projeto no qual investiga a relação entre memória, identidade e fotografia através da técnica da antotipia, observando as ausências de registros fotográficos como potenciais anuladores de lembranças, bem como de identidades.